Diretrizes para valorização dos profissionais da educação básica pública são aprovadas pela Câmara

Diretrizes para valorização dos profissionais da educação básica pública são aprovadas pela Câmara

Os profissionais da educação escolar básica pública devem passar a ser mais valorizados. É o que prevê a proposta aprovada pelo Plenário da Câmara dos Deputados no dia 7 de agosto, que segue agora para o Senado.

De acordo com a proposta, devem existir planos de carreira que estimulem o desempenho e o desenvolvimentos dos profissionais, visando a qualidade da educação escolar. Além disso, o texto aprovado pela Câmara prevê formação continuada para a permanente atualização dos profissionais e condições de trabalho que favoreçam o sucesso do processo educativo.

Os planos de carreira devem oferecer remuneração condizente com o trabalho, integração entre o trabalho individual e a proposta pedagógica da escola e melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem.

O profissional deve ingressar na carreira por meio de concurso de provas e títulos e a progressão funcional deve envolver requisitos que estimulem o permanente desenvolvimento profissional dentro de um período suficiente exigido para essa progressão.

A atualização permanente, a avaliação de desempenho profissional, a experiência profissional e a assiduidade são alguns dos requisitos para a progressão na carreira, de acordo com as diretrizes da proposta.

O piso e o teto salarial devem ser compostos de maneira que o pagamento mínimo atraia bons profissionais para a carreira e o máximo estimule o avanço na carreira sob o ponto de vista pecuniário.

Novidades na remuneração

De acordo com as diretrizes da proposta, as especificidades pedagógicas e características físicas e geoeconômicas das redes de ensino devem ser consideradas para a oferta de benefícios. Conheça algumas:

  • Modificações no perfil exigido ou mudanças nas condições de exercício do cargo ou emprego – especialmente a titulação;
  • Condições de trabalho que possam comprometer a saúde ou o trabalho em estabelecimentos situados em áreas com altos índices de violência;
  • Exercício de atribuições que extrapolem aquelas relativas ao cargo ou em razão de condições especiais, especialmente o exercício de funções de gestão ou coordenação pedagógica nas unidades escolares;
  • Ensino em classes especiais ou em escolas de difícil acesso.

A jornada de trabalho deve ser de até 40 horas semanais. Os professores que dão aulas terão parte da carga horária reservada a estudos, planejamento e avaliação, de acordo com a proposta pedagógica da escola. Para que o profissional possa exercer outras funções de magistério, deverá contar com um período mínimo de experiência docente de dois anos.

Condições de trabalho dos profissionais

O texto prevê ainda melhorias no que diz respeito às condições de trabalho dos profissionais, como, por exemplo:

  • Número adequado de alunos por turma;
  • Número de turmas compatível com a jornada de trabalho do docente e com o volume de atividades profissionais extraclasse;
  • Salubridade do ambiente físico de trabalho;
  • Segurança para o desenvolvimento do trabalho profissional;
  • Disponibilidade dos recursos didáticos indispensáveis no local de trabalho;
  • Utilização do transporte escolar para se deslocarem entre o domicílio e o local de trabalho, desde que não cause prejuízo ao uso do transporte escolar pelos estudantes.

Formação continuada

O texto aprovado pela Câmara prevê que os programas de formação continuada devem estar disponíveis a todos os profissionais da mesma rede de ensino, com licenciamento periódico remunerado. São estabelecidas algumas regras, a saber:

  • Os temas abordados devem estar ligados às necessidades de qualificação dos profissionais.
  • As atividades oferecidas devem promover o domínio do conhecimento atualizado e das metodologias de ensino mais modernas, além de aumentar a capacidade de reflexão crítica sobre a realidade educacional e social.
  • A formação continuada tem de manter coerência com os objetivos e as características das propostas pedagógicas das escolas da rede de ensino e ser ministrada por instituições formadoras com credenciamento e qualidade.

 

Matéria elaborada com informações da Agência Câmara Notícias.

 

Imagem: alexeyrumyantsev/iStock.com

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