Governo paulista lança projeto de bônus para servidores de hospitais públicos

De um lado, professores da estadual de ensino fazem protestos contra a política de bonificação. Do outro, o governo do Estado de São Paulo lança um projeto de bônus para os servidores de hospitais públicos. De acordo com a reportagem do jornal Valor Econômico, o presidente do Sindisaúde, Benedito de Oliveira, acredita que essa “é uma medida paliativa. O governo deveria focar na reposição salarial, há dois anos atrasada, e na estruturação da carreira”. Leia mais.

Valor Econômico – 07/04/2010

Governo de SP cria bônus para saúde

Luciano Máximo, de São Paulo

Enquanto enfrenta protestos de professores contrários à política de bonificação por mérito na educação, o governo do Estado de São Paulo decidiu lançar projeto de bônus para servidores de hospitais públicos e foi criticado pelo sindicato do setor.

A Secretaria Estadual da Saúde escolheu 4,8 mil empregados de quatro hospitais – Vila Nova Cachoeirinha, Taipas e Cândido Fontoura, na capital, e Padre Bento, em Guarulhos – para começar a distribuir os incentivos, que correspondem a meio salário e serão pagos semestralmente, somente se 100% das metas acordadas entre a direção das unidades hospitalares e o governo forem cumpridas. A medida é inédita no Sistema Único de Saúde (SUS), e calcula-se que os bônus cheguem a R$ 83 milhões nos próximos dois anos, quando deverão cobrir os 40 hospitais públicos da administração direta. As metas estão relacionadas a indicadores de tempo de internação, taxas de ocupação e de infecção, números de altas, entre outros. Os primeiros bônus começam a ser pagos em setembro.

Ricardo Tardelli, coordenador de saúde da secretaria, explica que o estabelecimento de metas vai elevar o nível de controle das atividades hospitalares. “Teremos dados mais confiáveis para planejar e criar políticas públicas”, diz. Benedito de Oliveira, presidente do Sindisaúde, questiona a falta de participação dos trabalhadores no processo. “É uma medida paliativa. O governo deveria focar na reposição salarial, há dois anos atrasada, e na estruturação da carreira.”

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